Sensível
- Camila Mello Santos
- 6 de jan.
- 2 min de leitura
Uma forma de responder ao mundo.

Em um mundo que frequentemente celebra a rapidez e a rigidez, a sensibilidade é muitas vezes mal compreendida. Longe de ser uma fraqueza, ela é simplesmente uma característica – neutra por natureza – que ganha significado dependendo de como é utilizada. Ser sensível significa captar mais informações do ambiente, percebendo nuances que muitas vezes escapam à maioria. Caracateristica de um em cada três indivíduos.
Do ponto de vista da neuropsicologia, a sensibilidade está ligada à responsividade do sistema nervoso central. Pessoas sensíveis processam informações de maneira mais intensa, identificando detalhes que podem passar despercebidos para outros. Porém, em uma sociedade acelerada, essa capacidade pode se transformar em sobrecarga, levando ao estresse e à exaustão emocional. Reconhecer essa dinâmica é o primeiro passo para transformar a sensibilidade em uma ferramenta de equilíbrio e crescimento pessoal.
Com a compreensão certa, é possível criar estratégias para selecionar o que merece sua atenção e regular as emoções. Isso permite que a sensibilidade seja vista como um superpoder, em vez de um fardo. Ser sensível, quando gerido de forma saudável, respeitando limites e necessidades pessoais, torna-se uma ponte para conexões mais autênticas, de crescimento emocional e uma vida mais significativa.
Portanto, ser sensível não é um problema – é uma oportunidade. Aprender a usar essa característica a seu favor pode transformar a maneira como você vive e interage com o mundo. Aceite sua sensibilidade como uma aliada e veja como ela pode enriquecer sua jornada.
REFERÊNCIAS
Granneman, J., & Solo, A. (2023). Sensível: O poder secreto das pessoas altamente sensíveis em um mundo sobrecarregado. Editora Sextante. Sextante
GREVEN, C. U.; LIONETTI, F.; BOOTH, C.; ARON, E. N.; FOX, E.; SCHENDAN, H. E.; PLUESS, M. et al. Sensory processing sensitivity in the context of environmental sensitivity: A critical review and development of research agenda. Neuroscience & Biobehavioral Reviews, v. 98, p. 287-305, 2019.
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